Proximidade das Festas do Senhor Santo Cristo aumenta “correria” no Convento da Esperança

A uma semana do inicio das festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres, em Ponta Delgada, na ilha açoriana de São Miguel, tudo “corre como sempre” , a um ritmo” normal”, estando previsto um reforço da assistência espiritual na próxima semana.

“A assistência espiritual tem sido um pouco deficiente, pois como se sabe o Senhor Reitor está doente e excetuando a missa de manhã, que se tem celebrado sempre, seria preciso haver a colaboração de mais sacerdotes para acolher”, disse ao Sítio Igreja Açores a Irmã Margarida Borges, Religiosa de Maria Imaculada e zeladora da imagem do Senhor Santo Cristo há oito anos.

“Antes tínhamos sempre cá sacerdotes de manhã e de tarde e isso favorecia muito o acolhimento aos peregrinos que são cada vez em maior número e durante todo o ano” um movimento, naturalmente, intensificado por altura da festa.

“Vêm pessoas até do continente que chegam de manhã e partem à noite só para cumprirem a sua promessa e estas pessoas têm de ser acolhidas espiritualmente”, sublinha a religiosa.

“Esta é a maior falha; na próxima semana não sei o que vai acontecer”.

As Festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres são as maiores festas religiosas dos Açores, e as segundas maiores de Portugal, depois de Fátima.

Este ano realizam-se entre 8 e 14 de maio e serão presididas pelo bispo auxiliar de Braga, D. Francisco Senra Coelho, tendo como mote a “Fé: confiança no caminho da Salvação”.

Segundo uma nota de imprensa da Irmandade do Senhor Santo Cristo, entidade organizadora das festas, “a Fé é uma relação confiança. É crer e acreditar. É a conversão permanente. É , também, um caminho de felicidade”.

“A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se veem. Embora invisível, a Fé é sensível” acrescenta ainda a Irmandade sublinhando o sentido biblico da Fé.

A Irmandade sublinha na nota de imprensa que esta festa “une  todos os cristãos, em particular os açorianos” sejam os residentes sejam os que estão espalhados pelo mundo, para quem pede ao Senhor Santo Cristo que “abra o coração e ilumine o Espírito, ensine os seus caminhos, olhe com misericórdia e dê a sua benção”.

Este é também o sentimento da Irmã Margarida Borges, natural do Nordeste.

“As  pessoas vêm em busca do olhar do Senhor; vêm pedir muitas vezes mas vêm também agradecer e quando são tocadas por esse olhar, a esperança renova-se”, diz a religiosa que não esquece o gesto de um casal açoriano que ofereceu uma Capa ao Senhor Santo Cristo mesmo depois do filho ter morrido.

“ O filho estava com leucemia, era muito devoto e prometeram oferecer uma capa ao Senhor Santo Cristo se ele se curasse. Faleceu mas eles ofereceram-na na mesma e quando saíram aqui do convento disseram-me: irmã trazíamos a imagem do nosso filho morto; agora levamos o olhar do Senhor no nosso coração e isso vai acompanhar-nos. É este encontro que eu gostaria que todas as pessoas pudessem experimentar com o Senhor Santo Cristo”, conclui a irmã Margarida Borges.

Por isso, desdramatiza as polémicas em torno do Resplendor que há um ano foi emprestado temporariamente ao Museu Nacional de Arte Antiga debaixo de uma enorme polémica.

A imagem do Senhor Santo Cristo possui cinco dons- o Resplendor, a Corda, o Ceptro; a Coroa e o relicário-, que acabam de merecer a classificação de Tesouro Regional, mas para a Irmã Margarida que zela anualmente por essas peças de ourivesaria, “isso não é o mais importante”.

“Não sei se isso acrescenta alguma coisa. Julgo que os açorianos olham para o rosto do Senhor e não para o resto. Às vezes é na semana seguinte que nos perguntam qual foi a capa que o Senhor vestiu”, diz.

“As atenções estão centradas na imagem; o resto é visto mas não se liga. Dizem `está muito bonito´, mas não se fixam nesses pormenores” sublinha, desdramatizando a polémica do ano passado.

“Está no segredo de Deus, não quero entrar por ai até porque está tudo sanado, não me quero pronunciar sobre isso… como digo não acho que os açorianos façam força no Resplendor nem nas joias, porque não conhecem. Nem sequer têm acesso a essas peças” acrescenta ainda frisando que “há algumas pessoas que fazem bandeira dessas coisas, é possível, mas a generalidade das pessoas quer é estar com o senhor e não com os seus dons, ou adereços”.

Sem novidades de maior, até pelo menos à realização da conferência de imprensa agendada para a próxima sexta feira, onde será apresentada a capa que o Senhor Santo Cristo envergará na procissão, “está tudo a correr bem” embora na quinta feira, “a azáfama comece a aumentar”.

“Neste momento temos mais gente a acorrer diariamente ao Santuário; a Roda também é mais requisitada, mas nada “diferente de outros anos”. A não ser os problemas “que até podem ter aumentado”, lembra a Irmã Margarida Borges.

As Festas do Senhor Santo Cristo remontam a finais do século XVIII e a origem deste culto começa no Convento da Caloura, em Água de Pau, na ilha de São Miguel.

Reza a tradição que foi neste lugar que se erigiu o primeiro Convento de Religiosas nesta Ilha, convento cuja fundação se deveu, principalmente, à piedade das filhas de Jorge da Mota, de Vila Franca do Campo. Uma tradição longínqua que os açorianos acolheram e “vivem intensamente”.

A devoção que Teresa da Anunciada, venerável religiosa do convento de Nossa Senhora da Esperança, tão intensamente sentiu por Cristo, marcou profundamente a alma do povo, de tal modo que o culto ao Senhor, através da procissão com a imagem, se expandiu e fortaleceu ao longo dos séculos.

O núcleo central da festa é o  Domingo (10 de Maio), altura em que sai à rua a procissão solene que dura cerca de quatro horas e percorre as principais ruas da cidade de Ponta Delgada, mas as celebrações duram entre 8 e 14 de maio.

Semanas antes da procissão, o convento da Esperança e o Campo de São Francisco, são preparados e enfeitados festivamente com milhares de lâmpadas multicores, mastros e bandeiras, flores de todas as espécies e cores que conferem ao recinto um deslumbrante ar de festa.

O dia de  Sábado, geralmente começa com o pagamento de promessas logo de manhã, seguido de uma homenagem ao Senhor Santo Cristo. Pela tarde realiza-se a primeira procissão que assinala a entrega da imagem do Senhor Santo Cristo à Irmandade que, até domingo à noite, será a zeladora do Senhor Santo Cristo.

O corpo principal do tesouro do Senhor Santo Cristo dos Milagres é constituído pelas seguintes jóias: o Resplendor, a Coroa, o Relicário, o Cetro e as Cordas. Frutos dos mistérios da Fé, sinais da gratidão dos mortais pelos milagres que os ajudam a caminhar pela vida, o Ex-Libris do Tesouro, o resplendor é a peça mais rica do espólio. Além do valor artístico, esta jóia, que esteve recentemente em exposição no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa,  está carregada de elementos simbólicos ligados à teologia. O primeiro é a da Santíssima Trindade, representada por um triângulo no centro que contém três caracteres com o seguinte significado: “Sou o que Sou” e também “Pai, Filho e Espírito Santo”. Deste triângulo irradiam os resplendores para as extremidades da peça. O segundo elemento é a Redenção de Cristo, representada pelo cordeiro sobre a cruz e pelo livro dos Sete Selos do Apocalipse. Um terceiro é a Eucaristia, simbolizada por uma ave, o pelicano, pelo cálice e pelo cibório. O último elemento simbólico do resplendor é a Paixão de Cristo passando pela coroa representada em pormenor: desde a túnica ao galo da Paixão, passando pela coroa de espinhos integralmente feita de esmeraldas.

Além do Resplendor, também a  coroa é uma peça muito delicada. Em ouro, pesando apenas 800 gramas, possui 1.082 pedras preciosas, todas elas trabalhadas com minúcia, onde os próprios espinhos são pequeníssimas pedras que diminuem de tamanho nas extremidades.

O relicário é, por outro lado, a peça mais enigmática do Tesouro. É a única que está permanentemente colocada no peito da imagem e serve para guardar o Santo Lenho, que se crê ser uma farpa da verdadeira cruz em que Jesus foi crucificado.

O Cetro, a quarta peça do Tesouro, é constituído por 2.000 pérolas que formam uma maçaroca de cana, 993 pedras preciosas ao longo do tronco e um  conjunto de brilhantes com renda de ouro na base, onde está colocada a Cruz de Cristo.

Finalmente, as Cordas, com 5,20 metros de comprimento, constituem a quinta peça do corpo principal do Tesouro. São duas voltas de pérolas e pedras preciosas enroladas em fio de ouro.

As festas duram vários dias. Sucedem-se os serviços religiosos e os concertos. O Triduo preparatório começa no dia 5 e será pregado pelo Cónego ângelo Valadão Eduardo, Deão do cabido da Sé.

In: Igreja Açores

Festa do Santo Cristo dos Milagres extravasa Ponta Delgada

A festa religiosa do Santo Cristo, que decorre na próxima semana entre 8 e 14 de maio,  em São Miguel, também é celebrada noutras ilhas dos Açores, no continente e na diáspora, por ser um “culto muito próprio” dos açorianos, segundo a Diocese de Angra.

Há celebrações em honra do Senhor Santo Cristo dos Milagres em “São Miguel, Santa Maria, Graciosa, São Jorge, na caldeira, e nas Flores, por via dos construtores da igreja que estava para ser de Santana, mas depois um construtor era micaelense e fez com que a igreja da Fazenda, no concelho das Lajes das Flores, fosse dedicada ao Santo Cristo”, disse o vigário geral da Diocese de Angra, Cónego Hélder Fonseca Mendes em declarações à Lusa.

Celebrada há mais de três séculos com grande devoção em Ponta Delgada, a festa em honra do Senhor Santo Cristo dos Milagres é uma das maiores manifestações religiosas nos Açores e no país, cujo culto há muito se estende a outras ilhas e locais onde vivem açorianos.

Este ano, a festa religiosa em Ponta Delgada decorrerá entre 08 e 14 de maio, sob o lema “A Fé, Caminho de Salvação” e será presidida pelo bispo auxiliar de Braga, D. Francisco Senra Coelho.

“O culto mais antigo do Santo Cristo é sob a forma da Santa Cruz e aí é que está a origem do primeiro culto a Cristo. O culto centrado em Cristo ou na pessoa de Jesus é muito antigo e muito próprio da nossa diocese, porque noutras é muito Nossa Senhora e os santos”, referiu o cónego Hélder Fonseca Mendes.

Em São Miguel, o culto ao ‘Ecce Homo’ terá começado no Convento da Caloura, em Água de Pau, concelho da Lagoa, passando depois para outras ilhas e para os principais destinos da emigração açoriana.

Por exemplo, desde 2004 que se celebra anualmente a festa do Senhor Santo Cristo na Igreja de Nossa Senhora da Vitória, na baixa de Lisboa, devido à devoção do frei Francisco Fialho, natural da ilha Terceira, que reside no continente há mais de 25 anos.

À semelhança do que acontece com a imagem do ‘Ecce Homo’ em Ponta Delgada, durante os dias da festa, a réplica da imagem, que mede cerca de 40 centímetros, é exposta num altar lateral da igreja lisboeta, dentro de um andor de flores multicolores, usando uma capa bordada com fios de ouro.

Mas ao contrário do que acontece nos Açores, em Lisboa não há procissão pelas ruas, apenas uma missa no sábado, precisamente ao mesmo tempo que, em Ponta Delgada, a imagem sai do convento onde está durante o ano, é recebida pela Irmandade do Santo Cristo e dá a volta ao Campo de São Francisco, onde milhares de pessoas costumam pagar as suas promessas.

O vigário geral da diocese açoriana afirmou, ainda, que é hábito no arquipélago muitas misericórdias celebrarem o Santo Cristo, normalmente, no início de janeiro, dado que “nessa altura se celebra a festa do nome de Jesus e, praticamente, todas as misericórdias dos Açores têm uma festa ao Santo Cristo das Misericórdias, mas sob a forma da cruz”.

Para o Cónego Hélder Fonseca Mendes, as várias imagens que existem do Santo Cristo, em especial a de Ponta Delgada, mostram “um olhar, ternura e bondade que fixam o aspeto humano da paixão e sofrimento de Jesus”, levando as pessoas a identificarem-se com os sofrimentos das suas próprias vidas.

Em janeiro, o parlamento dos Açores aprovou, por unanimidade, a classificação da imagem do Senhor Santo Cristo dos Milagres e de mais cinco peças associadas a este culto como “tesouro regional”.

Guardada no coro baixo do Convento da Esperança, em Ponta Delgada, está a imagem do “Ecce Homo”, que se estima remontar aos séculos XVI ou XVII, assim como o cetro, a corda, a coroa, o relicário e o resplendor, peças propriedade da Diocese de Angra do Heroísmo.

In: IgrejaAçores

DIA DA BÍBLIA 2015

Evento decorre no Centro Pastoral Pio XII, em Ponta Delgada, sexta feira

O Secretariado Bíblico de São Miguel, Açores, vai promover esta sexta feira, 1 de maio, a iniciativa “O dia da Bíblia” esta ano dedicado a  “São Marcos o Evangelista”, a partir das  14h00,  no Centro Pastoral Pio XII, nas Laranjeiras, em Ponta Delgada.

O Dia com a Bíblia será orientado por reflexões dos padres Cipriano Pacheco, Vigário Episcopal para a ilha de São Miguel e Marco Bettencourt Gomes, pároco da Fajã de Cima, em Ponta Delgada.

O Dia da Bíblia começa com o acolhimento,  segue-se a Oração Inicial animada pelo Grupo de Jovens da Maia; conferência do Pe Marco Gomes, “S. Marcos”, seguindo-se depois a conferência do Pe Cipriano Pacheco, “A Mensagem de Marcos”. AS 17h00 celebra-se a Eucaristia e às 18h00 encerram os trabalhos.

Além da Bíblia, os participantes são convidados a levar um género alimentar que será canalizado para a Cáritas de São Miguel que, posteriormente, procederá à distribuição pelas famílias carenciadas, que assiste regularmente.

Trata-se de uma iniciativa solidária que visa “para além de alimentar o espirito, fazer com que a Palavra dê fruto”.

O evento começa às 14h00 e a entrada é livre.

Ouvidor de Ponta Delgada pede aos romeiros que não se deixem cair na “tentação do romeirismo”

Os romeiros “têm que ser discípulos de Jesus”, organizados em “ranchos de Jesus” sem caírem na tentação “do romeirismo”, disse esta tarde o ouvidor de Ponta Delgada na celebração do Dia do Romeiro, que se realizou no salão de São José, numa co organização dos quatro ranchos de romeiros da cidade de Ponta Delgada.

“O Romeiro é um meio para ser cristão, uma forma de alcançar a intimidade com Jesus, através da oração e da peregrinação. Num rancho são todos irmãos e amigos mas, por favor, não se desliguem do que é essencial que é a verdade de Jesus e não criem o romeirismo”, disse o Cónego José Medeiros Constância.

“Se os cristãos, e os romeiros em particular, não voltarem a Jesus de Nazaré que pela ressurreição se tornou Cristo, viverão uma fé de rituais, tradicional mas que não leva a lado nenhum”, sublinhou ainda.

O sacerdote, que dividiu a sua intervenção em quatro pontos salientou que o Romeiro “é um cristão de dois caminhos”, que durante a romaria experimenta “as estradas de Emaús e de Damasco”.

“Cada ano, cada romaria é uma estrada com dúvidas, com interrogações e sombras. Mas, durante a caminhada o encontro com Jesus faz com que a Romaria seja também um momento de conversão, que faz deixar de lado o egoísmo e o orgulho”, precisou o ouvidor de Ponta Delgada.

Por isso, deixou um apelo para que os romeiros sejam “verdadeiros discípulos de Jesus” e os Ranchos “ranchos de Jesus” que funcionem como “comunidades integradas noutras comunidades que são as paróquias”.

Lembrou, ainda, a história do movimento, para reforçar a ideia de que se trata de um movimento local, que deve ter uma “dimensão diocesana”.

“As romarias hoje têm uma dimensão diocesana e constituem uma força para a igreja de São Miguel mas também para a Diocese que acaba de ser reforçada pela comunhão com a Igreja Universal, concretamente, com o Papa”, frisou ainda o Cónego José Medeiros Constância.

O sacerdote deu o exemplo da ouvidoria que coordena para destacar que adas 18 comunidades paroquiais que forma a ouvidoria só três não têm ranchos de Romeiros o “que é bem demonstrativo da importância deste movimento” que é “uma verdadeira erupção se o compararmos com tempos passados”.

O que, no entanto, não deve impedir os responsáveis de procurar sedimentar ainda mais este espirito de romaria.

“O movimento cresceu muito nos últimos anos; todos se orgulham de ser romeiros mas é preciso ver que nem sempre está tudo bem e que é preciso melhorar” pois, “enquanto não formos apenas um grupo de Jesus não teremos os alicerces para nos aguentar”, concluiu.

O Dia do Romeiro que se celebra sempre no terceiro domingo de Páscoa este ano decorreu na paróquia de São José, embora a organização tivesse sido assumida conjuntamente pelos quatro ranchos da cidade de Ponta Delgada- São José, Santa Clara, São pedro e São Sebastião.

Luís Bettencourt, mestre do Rancho de São José, diz que esta organização conjunta foi uma “oportunidade de reforçar a irmandade que já existia e que agora se sedimentou com a graça de Deus”.

Mário Ponte, responsável pelo Rancho de São Sebastião, o mais pequeno da cidade “porque também e uma freguesia com poucos residentes” enfatiza a “simplicidade da organização” que deve estar sempre preocupada “com o fortalecimento do sentido cristão dos romeiros”.

Também Manuel Oliveira, mestre do rancho de Santa Clara, destacou a simplicidade da cerimónia e a disponibilidade de cada um dos romeiros presentes em estar neste dia “em convívio com os irmãos”.

Uma ideia também partilhada por Carlos Costa, mestre do rancho de São Pedro. “O que importa é a vontade e a motivação de cada um para estar aqui”.

Dos 2400 romeiros que este ano saíram para as estradas de São Miguel, neste dia reuniram-se perto de uma centena.

O assistente espiritual do Movimento, Pe Nuno Maiato, desvalorizou lembrando que “nas festas de família também há sempre quem falte, ou porque trabalha, ou porque não pode ou simplesmente porque não quer e nem por isso se deixam de realizar as festas do Natal, da Páscoa ou de aniversários”.

“O que verdadeiramente importa é destacar a vontade dos que aqui estão”, sublinhou lembrando que os romeiros devem “estar abertos à comunidade” como todos os movimentos da Igreja que “quando se centram sobre si mesmos correm o risco de se empobrecerem”.

João Carlos Leite, coordenador do Movimento de Romeiros de São Miguel, em declarações ao Sítio Igreja Açores também desvalorizou a “fraca adesão” o que “exigirá da nossa parte uma maior capacidade de mobilização”.

“É um desafio permanente tal como existem outros e nós estamos disponíveis para corresponder partindo sempre de uma auscultação de todos para que possamos ir ao encontro daquilo que é essencial: aprofundar a nossa fé, através do estudo e depois praticá-la através da ação”, precisou.

O Dia do Romeiro começou com o acolhimento, seguiu-se uma Eucaristia na Igreja de São José, concelebrada pelos padres José Constância, Nuno Maiato e Luís Leal (romeiro do rancho de São José) e depois, seguiu-se um convívio animado por Aníbal Raposo (também ele romeiro) e pelo Grupo Folclórico de Santa Cecília.

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