“Os rios não bebem sua própria água; as árvores não comem os seus próprios frutos. O sol não brilha para si mesmo; e as flores não espalham a sua fragrância para si. Viver para os outros é uma regra da natureza. (…)
A vida é boa quando estamos felizes; mas a vida é muito melhor quando os outros estão felizes por nossa causa”.
Não encontrei melhor pensamento do que este, atribuído ao Papa Francisco, para enquadrar o tema que me foi proposto pelo Coordenador do Movimento dos Romeiros de São Miguel, Irmão João Carlos Leite, para este momento: Romeiro: Evangelizador autêntico e activo! Podia ser uma interrogação, mas prefiro que seja uma afirmação, uma afirmação de esperança no desejo que a todos nos congrega no mesmo ideal de fazermos um mundo melhor, a começar pelos pequenos mundos das nossas famílias e das nossas comunidades.
Se os rios não bebem a sua própria água, se as árvores não comem os seus frutos e se o sol não brilha para si, também nós, os que acreditamos no Senhor Ressuscitado, não vivemos para nós, mas para os outros. Atrevo-me a dizer que este pensamento do Papa Francisco é a mutação para o século XXI daquilo que o Apóstolo Tiago nos deixou na sua carta, capítulo 2 (14-20).
14 De que adianta, meus irmãos, alguém dizer que tem fé, se não tem obras? Acaso a fé pode salvá-lo?
15 Se um irmão ou irmã estiver necessitando de roupas e do alimento de cada dia
16 e um de vocês lhe disser: “Vá em paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se”, sem porém lhe dar nada, de que adianta isso?
17 Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta.
18 Mas alguém dirá: “Você tem fé; eu tenho obras”. Mostre-me a sua fé sem obras, e eu lhe mostrarei a minha fé pelas obras.
19 Você crê que existe um só Deus? Muito bem! Até mesmo os demônios crêem — e tremem!
Não há palavras tão claras como estas, e a medida do serviço aos outros é só uma: Sede Perfeitos como meu Pai do Céu é perfeito.
É tão bom, por exemplo, estarmos aqui hoje, em pleno tempo de ressurreição, em ambiente de festa, como faziam os primeiros cristãos que partilhavam à mesa e na alegria o Pão, a Palavra e o exemplo.
Evangelizar é trazer aos tempos de hoje o espírito dos Actos dos Apóstolos e o testemunho que dos primeiros cristãos se dava: “Vede como eles se amam”.
E não é para menos. De facto, muitas das grandes lições do Mestre passam-se à mesa, em festa e em ambiente de alegria e acolhimento. O primeiro milagre desenrola-se à mesa, no casamento em Caná… Água transforma-se em vinho, da mesma forma que novamente à mesa, em Quinta-feira de Páscoa, o Vinho se torna Sangue da Nova Aliança…
À mesa acontece o grande sinal de perdão, o perfume derramado aos pés do Mestre e as palavras “a quem muito amou muito é perdoado”, e à mesa se comemora a chegada do filho pródigo, com aquele “mandai matar o vitelo mais gordo”. À mesa, em parábola, fala o Mestre no dever da partilha, o rico e o pobre Lázaro, na suprema comparação do ter e não servir…
À Mesa Cristo se dá em Pão, antes de se dar em imolação, e à Mesa, novamente, depois dos grandes acontecimentos de Jerusalém, se dá a conhecer, ao partir do Pão, aos Discípulos de Emaús, que desertavam, desanimados, mas sentiam o coração a aquecer quando Ele lhes falava das Escrituras…
É, pois, este sentimento de comunhão que deve nortear qualquer cristão e católico – não devemos ter medo de o afirmar – que queira ser coerente com a sua fé. E com mais razão ainda aquele que querendo ser romeiro, não pode desligar a semana de encontro com Deus, do resto do tempo em que Deus fica à sua espera para o serviço e para a oração que tem como centro o encontro eucarístico, o encontro de dar graças, naquele suave mandamento: Todas as vezes que o fizerdes, em minha memória o fareis.
Falando de romeiros e para romeiros, e qui estendo a palavra romeiros a todas as suas famílias que comungam do mesmo espírito, é importante que se diga que o respeito e admiração pelos peregrinos da penitência é a atitude mínima que se pode ter perante este fenómeno que não dispensa, porém, outras reflexões e outras ilações na vida quotidiana.
O primeiro pensamento que se impõe é sem dúvida a interligação do conceito de tradição e fé e também de crenças e tradições. Todos estes conceitos parecem entrelaçados, mas diferenciam-se, e a sua deficiente interpretação leva, muitas vezes à distorção da realidade, com consequências visíveis na clivagem entre o pensamento e a acção.
As romarias quaresmais perdem-se mo tempo, pelo menos no tempo das ilhas, e sempre tiveram muita dificuldade de se integrar nos chamados cânones da Igreja, porque, uma grande percentagem dos que participam nas romarias, faz delas o seu único momento de entrada e participação em alguns actos de culto, já que durante o ano inteiro não encontram na Eucaristia ou noutras realizações paroquiais, qualquer tipo de chamamento ou correspondência.
A primeira tentação é de julgar e tentar saber onde está a origem deste divórcio. Mas, uma análise sociológica dispensa qualquer tipo de julgamento porque ao longo da história as romarias sempre se assumiram como um tipo de “relacionamento directo” com Deus, sem “intermediários”. Ali, o que conta é a promessa ou o desejo, a experiência ou a novidade, e a igreja não aparece como organização, mas como espaço de acolhimento para a fé de cada uma.
As romarias são uma tradição fundamentada em tradições e, embora muito válidas, todas as acções que têm sido promovidas pelo Movimento dos Romeiros e pela Diocese, durante muitos anos, não têm surtido todo o efeito desejado, em termos de aumento de prática religiosa, o que, não invalidando a sua importância, merece uma profunda reflexão. Vamos sempre cair no mesmo que é o cada vez maior distanciamento do culto “institucional” e da devoção particular.
Por isso mesmo, romarias e determinadas procissões, missas de Natal, Páscoa e fim-de-ano continuam a ter templos cheios, contrastando com o resto dos Domingos.
Somos levados a perguntar o que é que falta, mas como a resposta é óbvia, talvez seja melhor perguntar o porquê de tudo isto e como se pode coadunar esta realidade com as diferentes experiências pastorais que têm sido realizadas.
O que interessa, acima de tudo, é compreender a mudança e criar sistemas de sentir o pulsar do dia de hoje, nunca confundindo o chamamento com proselitismo que já não resulta e que tem a resposta tácita na indiferença que cada vez mais se instala na sociedade, mesmo na dita católica. Importa, acima de tudo defender uma matriz de comportamentos, em que no dia-a-dia se reconheça a identidade cristã de quantos se manifestam pelos mais diferentes meios. Não é fácil, e até pode não ser muito ortodoxo, mas não há muitos caminhos, se quisermos ser realistas.
Recordo aqui que um bispo católico português, novo, por sinal, dizia que a igreja não pode arranjar soluções para os problemas de hoje com respostas do passado. E a pergunta que muitas vezes se coloca e que não tem resposta (nem do presente, nem do passado) é o motivo pelo qual a Igreja não consegue ser motor de mudanças interiores, demorando uma eternidade a transpor o Evangelho para os tempos de hoje! Já há demasiadas questões que atrapalham quem quer responder… Eu fico “atrapalhado”!
Nunca haverá verdadeira evangelização sem formação e sem exemplos de vida. O Romeiro tem de dar exemplo, mas precisa de receber exemplo. E acima de tudo precisa que a própria comunidade entenda e coloque este movimento no lugar que ele merece.
É importante mas não basta que a continuação das romarias seja apenas a solenização de Missas, o ir nas procissões, levar guião, pálio e andores, serviços de que muitos fogem e lá ficam os romeiros, etc. O romeiro, o verdadeiro romeiro, ganha uma identidade própria e uma vivência muito pessoal da Fé que é necessário entender para compreender.
De facto, são os Romeiros, os multiseculares romeiros que tudo deixam por uma semana, para uma experiência de comunhão com Deus, com a natureza e com os irmãos. Só uma força telúrica muito grande, só sentimento de reconhecimento de fraquezas e dependências, só a certeza de saber que não estamos sós nesta caminhada pode levar a esta decisão de caminhar e orar, de deixar de ser quem se é para tudo partilhar e aceitar, no despojamento do eu e na exaltação da comunidade!
Nada esperam, pouco precisam e muito dividem! Durante aquelas semanas quaresmais, milhares de famílias são tocadas por este movimento. Quando se ouve ao longe, ao despontar da aurora, ao sol de meio dia, ou ao declinar da tarde, o som plangente das Avê-Marias, assoma-se à janela e pergunta-se quantos são e de onde vêm! Aí fica já o compromisso de uma oração, de um pedido, de uma recomendação…. À noite, abrem-se as portas, espera-se no adro e partilha-se refeição e dormida, numa multiplicação de acolhimento que só quem vive pode sentir e explicar. E não é fácil! Mas a verdade é que passam os tempos e a tradição mantém-se. Modifica-se com o tempo, adapta-se, mas não se perde.
Não vale a pena escamotear as situações e todos sabemos que cada vez menos as romarias são para as pessoas simples e do campo. O fenómeno tomou tais dimensões, abrangeu todas as classes e profissões que, bem pode dizer-se, é transversal a toda a sociedade. Num tempo em que se liga cada menos aos dogmas, as romarias apresentam-se como fonte de religiosidade individual, de directo relacionamento com o Infinito, sem qualquer tipo de amarras ou intermediários, e por isso mesmo ser romeiro continua a constituir uma opção pessoal, dificilmente controlada ou absorvida por padrões de vida religiosa estabelecidos.
E disso não vem mal ao mundo, porque o sentimento de uma semana de romaria é algo de tão pessoal e íntimo que não pode ser julgado ou muito menos comandado, porque a Fé não conhece fronteiras nem tempos e o Espírito paira desde sempre no coração dos mais simples e humildes.
Como fenómeno social, as romarias são um caso de estudo e um compêndio de sabedoria. O acervo de orações antigas que os nossos romeiros sabem, principalmente os seus mestres e contramestres, deveria constituir um trabalho de recolha, pois muitas delas correm o risco de se perder. Na maioria dos casos, desconhecem-se os seus autores, mas a sensibilidade mística dessas orações reporta-nos a séculos de distância e ao mais puro franciscanismo onde devem ter bebido a sua origem.
Perante este fenómeno das romarias, estamos dentro de uma Ilha Catedral e como tal deve ser tratada, com respeito pela Fé e pela tradição.
Por isso mesmo tem cabimento a pergunta que foi feita há uns anos num livro apresentado na Lagoa, do fotógrafo Eduardo Borges, e que se intitulava: Romeiro, porque caminhas?
Sim, porque caminhas, no meio de tantos irmãos que, de ano para ano, no mesmo misticismo secular, fazem da ilha de São Miguel um verdadeiro santuário a céu aberto, em que a oração se mistura com a caminhada, a natureza se confunde com a sombra dos ranchos que passam e os dias se tornam espaços de partilha com toda uma população que sente e vê os romeiros a rezar e que reza com eles e com eles divide o que tem e o que não tem para a que a ninguém falte o carinho e o amor que todos esperamos quando deixamos as nossas famílias . Tudo isto se torna mistério difícil de explicar. Mas, onde falham as palavras sobra a fé e é a fé que os guia durante uma semana pelos caminhos da ilha, e a mesma fé que procuramos que transforme cada romeiro na longa caminhada cristã ao longo do ano.
Para entendermos melhor a ligação entre a semana da romaria e a vida de todo o ano nada como recordar e meditar em como o Bíblia nos ensina que todos os nossos actos, quando feitos com espírito de Deus presente ao serviço dos irmãos, são a verdadeira evangelização que nos é pedida. E a que devemos dizer Sim.
Jesus nada impõe. Tudo dispõe e sempre convida. Reparando bem no Evangelho, sentimos necessidade de pensar nos SES de Jesus: Se queres ser perfeito… Se vos amardes, se não me deixares lavar-te os pés… Se é possível afasta de mim este cálice. Felizes sereis se derdes testemunho do meu nome quando vos levarem às sinagogas e tribunais.
A nada somos obrigados, mas a Bíblia está cheia de sinais de recompensa pela resposta aos convites de Deus.
Quando Abraão e sua Mulher Sara se defrontavam com a velhice e com o facto de não terem filhos, foi o acolhimento a um peregrino que mudou toda a face da história do antigo Testamento. De facto, quando no entardecer de um dia lhes aparece um peregrino, eles acolhem-no. Sara prepara uma refeição. Dão-lhe dormida e no final, o peregrino, que era um mensageiro de Deus, agradece e diz: “Daqui a um ano, na tua velhice, terás um filho nos braços”. E assim foi. A geração de Abraão que soube acolher um peregrino tornou-se maior do que as estrelas do céu e as areias do mar.
Mais tarde é José, filho de Jacob que é vendido para o Egipto e lá se torna dono de imensos tesouros. Acolhe os irmãos que foram à busca de alimento quando a fome devastava o seu país, abrindo os celeiros e deixando um dos primeiros símbolos do poder de união da Eucaristia.
A grande romaria da História da Salvação dá-se com a travessia do deserto, com as certezas e dúvidas do povo de Deus que caminhava, retrocedia e duvidava, mas sempre com um Deus que não fica à espera mas interfere na história da salvação com todas as maravilhas que são narradas na Escritura.
É sempre o Homem à busca de Deus e quando não O encontra e lhe parece perder o rasto, é Deus que aparece e vem ao encontro da história humana.
Como os romeiros, podem todos, um por um, testemunhar isto. Encontros e desencontros. Faltas de fé, ausências e esquecimentos, mas O Senhor toca-os em cada ano para sentirem que fazem parte desta história maravilhosa e que não é a nossa vida de fraquezas que nos afasta de Deus mas Deus que nos afasta desta vida de fraquezas, como tantas vezes temos ouvido.
Transpondo para os dias de hoje, enquanto Romeiros na Romaria, enchem-se de espiritualidade e carregam o peso da história e da tradição desta ilha.
Na vida, devem procurar cada vez mais, continuar a ser grupo unido, grupo que permanece e grupo que deve ser sentido, como referência nas nossas comunidades.
Jesus foi o Grande Romeiro do Tempo, com Maria, a quem dedicamos grande parte do nosso rezar e cantar durante a Romaria. O Romeiro leva no pensamento as jornadas de Maria, para Belém, para Jerusalém, para o Egipto, onde foi peregrina em terra estranha, fugida com Jesus, da inveja dos poderes locais que temiam o fim dos seus cargos e lugares. Mas quando regressa, quando entra na vida de todos os dias o romeiro deve ter o pensamento que dominou a família de Nazaré: Maria guardava todas estas coisas no coração e Jesus crescia em tamanho, graça e santidade, perante Deus e perante os Homens.
Assim deve o romeiro guardar no coração a experiência única e maravilhosa dos dias da romaria e procurar crescer na vivência cristã, pela Eucaristia e pelo testemunho.
Pode parecer que estas palavras sejam demasiadamente teóricas e que, se calhar, estamos fartos de as ouvir. Mas a verdade é que o tempo e o mundo em que vivemos obrigam-nos a uma profunda reflexão sobre o nosso papel na sociedade.
Milhares de pessoas são tocadas pelas romarias, durante a Quaresma. São os romeiros, as famílias dos romeiros, os que acolhem e dão dormida aos romeiros e são os que se cruzam com os romeiros nos ranchos e entregam as suas intenções Milhares de pessoas, de todas as idades, de todas as categorias sociais, de todos os lugares são, pois tocadas por este fenómeno das romarias.
Poderíamos, em jeito de exame de consciência, com toda a humildade, perguntar: se é assim, porque se notam tão poucas mudanças nas nossas vidas e nas nossas comunidades paroquiais? O que é que nos falta? Será que o peso da tradição ainda é maior que o desejo de uma verdadeira mudança? A resposta deve ser dada por cada um de nós, porque na nossa vida há sempre lugar para mais. Tudo depende dos valores e da ordem pela qual enchemos os nossos corações. Como o filósofo que pediu ao aluno que enchesse um vaso com pedras. O aluno encheu e disse: Agora está cheio. O mestre disse: Não está. Põe agora areia. E coube areia. Pensando que agora sim, o vaso estava cheio, o aluno disse. Agora sim, está cheio. Não, disse o mestre. Põe água. E o aluno cumpriu a ordem e a areia ensopou a água.
Experimenta o contrário, disse o mestre. Enche o vaso de água e depois põe a areia e as pedras. Resultado: Derrama a água.
O mestre rematou: Na nossa vida é assim. O coração cabe muito. Depende do modo como o enchemos.
E quantas vezes na nossa vida não preenchemos os nossos tempos e cuidados com coisas que nos fazem não ter tempo para outras?
Há alguns anos, D. António Sousa Braga, numa homilia, na missa campal das Festas do Espírito Santo, em Ponta Delgada fez uma pergunta que nunca mais esqueci e me preocupa muito, nas minhas meditações e na minha acção: “ Num mundo em mudança, como anunciar um Evangelho que não muda?” A pergunta tem todo o cabimento e a resposta não se encontra nos livros, nem nos sermões. A resposta está na vida e resume-se a uma palavra: mudando! Mudando comportamentos, mudando mentalidades e mudando acomodamentos, em vez de tentar adaptar as doutrinas àquilo que individualmente pensamos e gostamos.
Mudar é complicado porque implica aprender de novo e estamos numa sociedade que não gosta de aprender, que parece ter aprendido tudo e que sobre tudo dá palpites e opiniões. Mudar custa e custa mais ainda quando temos obrigação de discernir o que é a Fé e o que é a religiosidade. Porque são duas coisas distintas e de consequências diferentes na vida, embora a religiosidade seja uma ponte muito positiva entre a Fé e a Vida.
O que se pretende dos católicos em particular, dos romeiros em especial e de todas as pessoas de boa vontade em geral é o reconhecimento da nossa matriz ideológica, moldada em princípios do mais profundo humanismo e da mais sentida solidariedade que pela Fé na doutrina de Cristo nos leva à verdadeira caridade, porque se a solidariedade me faz reconhecer que todos somos cidadãos iguais e com os mesmo direitos, a caridade leva-me ao patamar seguinte que é o de reconhecer em cada pessoa um irmão. Todo o esplendor celebrativo que não tiver este conceito por pano de fundo pouco mais será do que o repetir do ditado de que “quem toca carrilhão não vai na procissão”.
Num mundo em mudança que precisa de sinais que mostrem que ainda há alicerces nesta civilização minada pelo lucro e pelo mediatismo, este desejo e espírito de Evangelização autêntica e Activa precisa de ser proclamado com alma, mas acima de tudo com vida e testemunho, claro e sem medo!
Os romeiros são este sinal!
Santos Narciso