Localização da Casa do Romeiro disputada por vários concelhos

O Movimento dos Romeiros de São Miguel já tem quatro propostas concretas para instalar a Casa do Romeiro, mas a escolha só será feita mediante a auscultação dos romeiros, numa espécie de reunião magna que envolverá todos os ranchos da ilha, disse ao Sítio Igreja Açores o responsável pelo Grupo Coordenador.

“Felizmente vários concelhos já apresentaram soluções concretas, muito interessantes para que o movimento possa escolher para instalar a futura sede, mas como as propostas são variadas sentimos que esta decisão tem de ser tomada com o maior consenso possível pois estamos a falar da nossa futura casa” disse João Carlos Leite.

A última proposta para instalar a Casa do Romeiro, um espaço de exposição permanente do acervo histórico do movimento e lugar de formação e reuniões periódicas, surgiu do município da Ribeira Grande, pela voz do seu presidente, Alexandre Gaudêncio, durante a cerimónia de inauguração da Exposição Itinerante, que decorreu no passado sábado no Museu do franciscanismo, na cidade da costa norte da ilha de São Miguel.

Além da Ribeira grande também as Câmaras de Vila Franca do Campo, Lagoa e Ponta Delgada já disponibilizaram um espaço.

“O que é digno de maior realce é o grande empenho das autarquias em nos acolher e isso deixa-nos muito satisfeitos”, acrescentou o responsável.

Para já esta espécie de reunião magna dos romeiros ainda não tem data marcada. O próximo encontro de dirigentes será no dia 17, no auditório da Escola Secundária da Ribeira Grande, para o retiro anual antes da quaresma.
Este ano o tema do encontro vai ser a encíclica do Papa Francisco- Laudato Si- com intervenções de dois romeiros de São Pedro- Francisco Wallenstein e Duarte Toubarro- , sem perder de vista o ano santo a misericórdia.
O Retiro encerra com uma eucaristia e a adoração do Santíssimo.

In: Igreja Açores

Movimento inaugura exposição itinerante “Romeiros Símbolos e Tradições I”

Exposicao Romeiros Riberia Grande_jan16 (1)O Coordenador do Movimento dos Romeiros de São Miguel (MRSM) disse esta tarde que quer que os romeiros sejam “autênticos e ativos”, no testemunho e na ação.

Na inauguração da exposição “Romeiros: Símbolos e Tradições I”, que ocorreu este sábado ao fim da tarde no Museu do Franciscanismo, na Ribeira Grande, João Carlos Leite sublinhou a importância do trabalho dos Romeiros no seio das suas comunidades.

“Queremos ser autênticos e ativos como nos pediu o nosso Bispo na sua alocução aquando da nossa tomada de posse”, disse o responsável frisando que esta exposição visa “dar a conhecer o carisma deste movimento” e a dinâmica que ele envolve, nomeadamente “no crescimento humano, cívico e cristão” de cada homem que participa numa romaria.

Um crescimento que assenta em quatro grandes pilares: a aposta na Cultura, na comunicação, na formação e no trabalho pastoral “testemunhado os valores Evangélicos, ao serviço das instituições, com sentido de verdadeira cidadania, portadores de Esperança num Mundo novo onde reine a ternura entre as pessoas e o respeito pela nossa casa comum”, disse João Carlos Leite.

O responsável do grupo coordenador elogiou o trabalho da equipa da cultura que desenvolveu esta exposição itinerante cuja primeira paragem é a Ribeira Grande, mas que irá percorrer todas as ouvidorias da ilha de São Miguel até ao inicio da Quaresma.

João Carlos Leite anunciou, ainda que o MRSM iniciou “uma caminhada para a edificação da Casa do Romeiro, uma casa que nos ajude a congregar todo o acervo material dos Romeiros de S. Miguel”.

“Estamos abertos a todas as parcerias que possam surgir neste sentido e que nos possam ajudar a concretizar este sonho, que é simultaneamente um dever do Movimento”, concluiu.

A exposição inaugurada esta tarde conta com a presença de dois bordões e duas cevadeiras de cada um dos 54 ranchos existentes na ilha e pretende dar a conhecer um pouco da história e da vida dos romeiros das diferentes freguesias, através destes dois elementos da indumentária dos romeiros.

A cerimónia contou com a presença de inúmeros romeiros. Um deles, um dos mais antigos, Fernando Maré, ex mestre dos Romeiros da Ribeira Seca, na Ribeira Grande, percorreu a história das romarias de São Miguel.

“As romarias quaresmais de S. Miguel, apesar de serem conhecidas de toda a gente, são difíceis de explicar, é daquelas tradições em que só participando é que se pode saber o que é ser romeiro”, disse o Romeiro.

Referiu os vários autores que narram a história das romarias, com origem nos cataclismos naturais da ilha, o seu sentido penitencial mas ao mesmo tempo de agradecimento e a dedicação a Nossa Senhora “com a intenção e a confiança de que a força da oração protegia e guardava os bens e as pessoas no interior da Ilha”.

“Hoje em dia as romarias Quaresmais de S. Miguel já são um movimento da Igreja, com um regulamento autorizado pelo Bispo da Diocese, e uma das regras deste regulamento é que todos os romeiros deverão ter formação técnica e religiosa, no mínimo de 20 horas antes da saída”, recordou.

Fernando Maré, que completou mais de 50 anos de romarias ininterruptas, destacou ainda o facto de todas as freguesias da ilha de São Miguel se preocuparem em organizar um rancho de romeiros e falou da sua dinâmica.

Os ranchos são formados em duas alas, normalmente com o romeiro mais novo na frente ao meio com um crucifixo, ladeado com 2 guias, que são romeiros que conhecem melhor os caminhos; ao meio do rancho vai o lembrador das almas e os ajudantes que ajudam ao mestre nas orações, na preparação das refeições e outras coisas necessárias ao rancho. Atrás vai o mestre que é quem superintende em tudo o que é necessário para o êxito da romaria e a quem é devida obediência. Atrás do mestre vai também o procurador das almas que é o romeiro que vai recebendo os pedidos de orações das pessoas que vão pedir aos romeiros para rezarem pelas suas intenções. É com o procurador das almas que essas pessoas partilham as suas dores, a sua esperança, as suas tristezas, as suas lágrimas, a sua fé e esperança na oração. Este romeiro vai registando num terço todos os pedidos que lhe são feitos para depois na caminhada os romeiros rezarem por essas intenções, que para evitar algum esquecimento são sempre rezados em voz alta. Em contrapartida essas pessoas que pedem orações ao rancho terão que rezar tantas orações quanto o rancho de romeiros. De salientar também que o número de romeiros de um rancho é sempre aumentado por mais três, que são Jesus, Maria e José (Sagrada Família).

Esta exposição é itinerante. No dia 10 passará para Ponta Delgada, para O Centro Municipal de Cultura.

In: IgrejaAçores

Romeiros organizam exposição itinerante que vai percorrer todos os concelhos de São Miguel

alusiva_romeiros_em_romeria_0_dr_ia_600-400A equipa da Cultura do Movimento de Romeiros de São Miguel (MRSM) vai promover entre 2 de janeiro e 12 de fevereiro uma exposição itinerante sobre a indumentária dos romeiros, que percorrerá todos os concelhos de São Miguel, numa parceria com as autarquias.

A exposição começa na Ribeira Grande, no dia 2 janeiro (domingo), permanecendo até 8 de janeiro (sexta); segue-se Ponta Delgada entre 10 e 17 de janeiro ; Nordeste de 19 a 25 de janeiro; Povoação de 27 de janeiro a 2 de fevereiro; Vila Franca de 4 a 10 de fevereiro e Lagoa a 12 de fevereiro.

A recolha dos elementos para esta exposição- três bordões e duas cevadeiras (ou sacas) por cada um dos 54 ranchos- realizou-se em novembro, estando neste momento a serem confecionados os suportes para colocar estas dois elementos que formam a indumentária do Romeiro.

A iniciativa, que é organizada e coordenada pela equipa da cultura do movimento, está igualmente a proceder à recolha de elementos áudio e vídeo junto dos vários ranchos, para criar um acervo sobre as romarias.
Além disso, irão ser recolhidos objetos e artefactos que estejam relacionados com as romarias e com o próprio movimento.

O objetivo é criar “uma narrativa” permanente que possa contar a história de forma a que, quem não conhece as romarias, fique a perceber a sua essência. Aliás, já este ano de 2016 , será feito um pequeno desdobrável bilingue onde se explica “sucintamente” a história das Romarias e também se alerta para “a necessidade de ter cautelas na condução” durante o período da Quaresma.

Estes folhetos serão distribuídos nos rent a car, no aeroporto João Paulo II, de Ponta Delgada e também em locais de maior visibilidade para “criar uma consciência social” do movimento.

IA

“Irmãos”, de Pedro Magano, vence o Grande Prémio do festival Caminhos do Cinema

O documentário “Irmãos”, do realizador Pedro Magano, venceu o Grande Prémio do festival Caminhos do Cinema Português, que termina hoje, em Coimbra, com a entrega das distinções, informou a organização.

O documentário foca-se nas romarias quaresmais de São Miguel, Açores, em que dezenas de homens “caminham, alinhados pelas estradas e pelos trilhos” da ilha, envergando xailes ao ombro, lenços ao pescoço, uma cevadeira às costas, um bordão e um terço na mão, explana a produtora do filme, Pixbee, no seu `site`.

Também na edição de 2014 foi um documentário a arrecadar o Grande Prémio do festival, que na altura distinguiu “Para-me de repente o pensamento”, do realizador Jorge Pelicano.

O prémio de melhor longa-metragem coube ao filme “Yvone Kane”, de Margarida Cardoso, “Gipsofilia”, de Margarida Leitão, recebeu o prémio de melhor documentário, e “A última árvore analógica”, de Jorge Pelicano, arrecadou o de melhor curta-metragem, com uma menção honrosa para “Provas, Exorcismos”, de Susana Nobre.

Miguel Gomes, com o filme “As Mil e Uma Noites”, recebeu o prémio de melhor realizador, a que junta o de melhor argumento original e adaptado, distinção que recebe em conjunto com Mariana Ricardo e Telmo Churro.

O prémio revelação do júri do Caminhos foi atribuído ao jovem ator David Mourão, pela sua participação no filme de João Salaviza, “Montanha”.

“Que dia é hoje”, do coletivo Fotograma 24, recebeu o prémio para melhor filme de animação, secção competitiva em que foi ainda atribuída uma menção honrosa para “Vigil”, de Rita Cruchinho Neves.

O prémio de imprensa ao melhor filme foi atribuído ao documentário “João Benárd da Costa: Outros amarão as coisas que eu amei”, de Manuel Mozos.

O ator Filipe Duarte foi considerado o melhor ator, em “Cinzento e Negro”, de Luís Filipe Rocha, Beatriz Batarda, melhor atriz, em “Yvone Kane”, filme que ainda recebeu a distinção de melhor direção artística e melhor fotografia.

Na seleção Ensaios, destinada a filmes produzidos em contexto académico, foi premiado Vicente Niro, com “Lingo”, na secção competitiva nacional, e os iranianos Majid Sheyda e Fariborz Ahanin venceram o prémio de melhor Ensaio Internacional, com “When Sanam Cried”.

A cerimónia de encerramento decorre hoje, às 21:30, no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV), onde serão exibidos os filmes “Yvone Kane” e “A última árvore analógica”.

O festival Caminhos começou a 27 de novembro, tendo sido exibidos mais de 150 filmes em competição, no TAGV e no Conservatório de Música de Coimbra.

In Lusa