A Casa do Romeiro vai começar a funcionar a partir do próximo ano pastoral no antigo espaço informático que a Câmara da lagoa vai disponibilizar em Santa Cruz, apurou o Sítio Igreja Açores junto do Grupo Coordenador do Movimento Romeiros de São Miguel(MRSM).
Trata-se de uma reivindicação antiga destes responsáveis que alegam que a dimensão do movimento, a sua dinâmica de ação pastoral e o acervo histórico, sobretudo de documentos, já não se compadeciam com a itinerância e a falta de um espaço próprio.
“A nossa ação tem crescido, somos 55 ranchos e há que ter um espaço onde possamos ter a sede deste movimento que procura todos os dias desenvolver uma ação pastoral em sintonia com a igreja”, disse ao Sítio Igreja Açores João Carlos Leite, coordenador do Movimento.
“Tivemos algumas soluções que nos foram apresentadas e esta, de facto, foi a que nos pareceu mais adequada até porque o espaço terá também uma valência de apoio ao munícipe e isso é uma garantia de que o espaço vai estar sempre dinamizado”, adiantou ainda o responsável.
Para já a Casa do Romeiro será a sede social do MRSM, mas o objetivo é “evoluir também para a constituição de um espaço museológico e de formação”.
Recorde-se que este grupo coordenador tem entre mãos um projecto formativo a vários níveis, que passa pela formação teológica, psico-social, cultural tendo constituído grupos para levar por diante estas ações.
“Nós procuramos sempre ser uma resposta cívica e social em parceria com os nossos párocos porque o nosso objetivo é servir a igreja”, disse ainda João Carlos Leite.
Por isso, pelo terceiro ano consecutivo, o grupo coordenador do MRSM tem procurado fazer uma avaliação do ano pastoral, reunindo com todos os ranchos e responsáveis pelas ouvidorias da ilha de São Miguel.
“A avaliação é muito boa. Registámos um grande empenho de todos os ranchos e registámos, o que nos alegrou, que hoje os romeiros são, na sua esmagadora maioria, os colaboradores mais próximos dos seus párocos estando envolvidos nas actividades pastorais da paróquia seja como romeiros seja como membros de outros movimentos”, sublinhou João Carlos Leite.
Para o próximo ano pastoral o desafio é constituir uma equipa para a pastoral social.
“Esta foi a prioridade eleita pelo Conselho Pastoral Diocesano e nós queremos ajudar na promoção da pastoral social e familiar” referiu ainda.
In: Igreja Açores