Irmãos – Uma tradição com mais de 500 anos.

 

Cartazes_01.inddRodado nos Açores, em março de 2015, o documentário “Irmãos” é realizado por Pedro Magano, tem produção da Pixbee e conta com o apoio da Secretaria Regional da Educação e Cultura dos Açores e da Associação de Municípios da Ilha de São Miguel.

Ao longo de 71 minutos, o documentário mostra esta tradição secular e toda a grandiosidade da natureza da ilha e dá-nos a conhecer sobretudo pessoas, irmãos, a comunidade de São Miguel, e não apenas o que é a romaria. Ao longo do filme vamos perceber a união que existe entre estes irmãos, de diferentes gerações, e como cada um deles vive a sua romaria. Patrício é o mais novo do grupo que, com apenas 12 anos, carrega a cruz e conduz os 53 homens do Rancho de Ponta Garça, que acompanhámos durante uma semana.

Mas neste filme não há só homens de fé e momentos de oração. Há brincadeiras, há abraços, há emoção, há cansaço, há almoços oferecidos pela comunidade que acolhe estes irmãos cada noite, em casas diferentes. Convidamos o público a descobrir uma tradição única, personagens cativantes, uma comunidade que se verga aos pés destes irmãos, durante toda a quaresma e fica em romaria, tal como eles.

“Irmãos” pretende imortalizar esta tradição, que acontece há mais de 500 anos, e que é ainda desconhecida um pouco por todo o mundo, incluindo nós portugueses. Quer retratar este evento que acontece todos os anos, juntando centenas de homens e crianças que caminham mais de 300 quilómetros, alinhados, pelas estradas e trilhos da ilha de São Miguel, rezando por eles e pelos seus.

“Irmãos” terá a sua próxima exibição no Teatro Ribeiragrandense, no dia 16 de Abril, às 21h30. A entrada é livre.

Recorde-se que o documentário “Irmãos” venceu o Grande Prémio Portugal Sou Eu e Prémio de Melhor Montagem no 21º Festival Caminhos do Cinema Português, estando ainda em fase de seleção para outros festivais internacionais de cinema.

Duas centenas e meia de romeiros celebram Dia do Romeiro nas Capelas

image3O grupo coordenador do Movimento de Romeiros de São Miguel e os sete ranchos da ouvidoria das Capelas estão satisfeitos com a forma como correu a comemoração do Dia do Romeiro, este domingo, mas referem que a adesão “poderia ter sido maior”.

Em declarações ao Sítio Igreja Açores o responsável do grupo coordenador, João Carlos Leite, salienta que a adesão dos romeiros este ano foi maior mas ainda assim ficou “aquém” das expetativas.

“Vamos trabalhar para no futuro ser diferente. É assim que temos feito todos os os anos e temos vindo a aumentar o número de participações” disse o dirigente apelando aos romeiros para que entendam este dia como um dia especial.

“Tal como queremos que a vivência do romeiro não seja só durante a Quaresma também gostaríamos que os romeiros tivessem esta dimensão de grupo para além do seu próprio rancho”, sublinha.

O Dia do Romeiro foi organizado pelos seus sete ranchos existentes na ouvidoria das Capelas e representou “um momento de grande confraternização com as famílias”, destacou ainda João Carlos Leite.

O Dia do Romeiro teve como tema a frase do Papa Francisco: “queremos ser ilhas de misericórdia no meio do mar da indiferença” e contou com uma Eucaristia na Igreja Matriz das Capelas.

Após a celebração da Eucaristia, dirigiram-se todos ao salão para o almoço, que decorreu “com enorme alegria, sentido de partilha e amizade, e, onde foram relatados diversos testemunhos e vivências desta secular tradição”.

“Os ranchos trabalharam bem com os seus párocos e com as forças vivas das freguesias e isso deu fruto muito interessantes” disse João Carlos Leite.

A celebração deste dia decorreu no polivalente da Casa do Povo das Capelas e contou com a animação do agrupamento de escuteiros da AEP, de Santo António,  e do grupo folclórico das Capelas para além de uma espécie de mercado onde não faltaram a venda de livros e de produtos regionais bem como actividades para os mais pequenos.

“Houve da parte dos anfitriões um grande cuidado no envolvimento de todos e por isso correu bem”, concluiu.

Com o fim do ano pastoral à vista, o grupo coordenador vai agora reunir-se com todas as ouvidorias de São Miguel para ouvir os dirigentes dos ranchos sobre o balanço que fazem das actividades deste ano e, simultaneamente auscultá-los sobre a localização da nova casa do Romeiro. Recorde-se que o movimento tem neste momento a a oferta de três localizações para a instalação desta casa- Vila Franca, Lagoa e Ribeira Grande- e caberá aos responsáveis escolher a opção mais consensual. A casa do Romeiro destina-se à instalação da sede deste movimento diocesano e à criação de uma espaço museológico sobre a vida do movimento.

O Dia do Romeiro é sempre assinalado no terceiro domingo de Páscoa.

Falar de Romaria no Nordeste

Falar de Romaria nordeste _cartaz_14mar16O Centro Municipal de Atividades Culturais do Nordeste recebe, no próximo dia 14 março, a atividade “Falar de Romaria”.

Serão convidados o Pe. David Barcelos e os Mestres João Carlos Leite, Norberto Leite e Daniel Pimentel.

Decorrerá ainda a Exibição do filme “Ermida de Nossa Senhora do Pranto”, de 2014, 16.13 min, uma produção de Pedro Gaipo.

Rancho de Romeiros da Misericórdia sai este ano excecionalmente

Romeiros-Lagoa-Acores-Jornal-Diario-da-LagoaO Rancho de Romeiros dos Aflitos, na ilha de São Miguel, que tinha prometido sair esta Quaresma mesmo sem o aval das estruturas dirigentes, chegou a um entendimento de principio com o direção do Movimento de Romeiros de São Miguel.

De acordo com um comunicado o Grupo Coordenador informa que “reconhece este Rancho excecionalmente e apenas por este ano”; que estes romeiros “identificar-se-ão como Rancho de Romeiros da Misericórdia da Ilha de São Miguel”, tendo como diretor espiritual o Pe Nuno Maiato, Diretor Espiritual do Movimento de Romeiros de São Miguel.

“Terminada a Romaria Quaresmal deste ano, o Rancho deixa de existir como tal, e os irmãos que o integram, na eventualidade de querem ser Romeiros novamente, terão de incorporar-se nalgum dos ranchos existentes e reconhecidos pelo Movimento” sublinha ainda o comunicado que lembra que esta decisão foi tomada em consonância e “total” acompanhamento do Bispo de Angra.

“Esta proposta foi bem acolhida pelo Mestre e Contramestre e os demais irmãos do Rancho”, frisa ainda o comunicado.

Este rancho, que nasceu nos Aflitos, paróquia dos Fenais da Luz, ouvidoria das Capelas, foi constituído à revelia do já existente e sem o apoio nem do pároco nem do conselho pastoral da paróquia. Desde o ano passado que vem insistindo na possibilidade de sair durante a Quaresma mas até hoje não estavam reunidas as condições necessárias para que isso acontecesse.

O Grupo Coordenador encontra esta solução depois de muita insistência e de ouvidas todas as entidades envolvidas no processo, mas sublinha que esta decisão é a título excecional e só para este ano”.

In Igreja Açores