A Associação de Romeiros de São Miguel e a Direção Regional da Cultura assinaram um protocolo de colaboração.
Este protocolo, cuja cerimónia de assinatura decorreu na Casa do Romeiro, em Santa Cruz – Lagoa, estabelece as bases de uma colaboração tendo em vista a realização de ‘um estudo e recolha de dados sobre as romarias micaelenses’.
Para a Diretora Regional da Cultura, Susana Goulart Costa, o objetivo é constituir um dossier que consolide a posterior inscrição desta manifestação no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.
A inscrição no Inventário Nacional é a única forma de proteger o Património Cultural Imaterial, de acordo com o regime jurídico em vigor em Portugal, salvaguardado pela Direção Geral do Património Cultural de forma integralmente desmaterializada, com recurso exclusivo a tecnologias digitais.
Para o presidente da Associação de Romeiros de São Miguel este protocolo permitirá “congregar todo um acervo que está disperso”.
Segundo João Carlos Leite, o interesse da Associação é ter um projeto de excelência que servirá muito para a memória futura, tendo explicado que a candidatura a Património Cultural Imaterial da Humanidade mesmo que não aconteça aquando da comemoração dos 500 anos das Romarias, o importante é que a associação não vai desistir desta intenção.
O trabalho será realizado por Creusa Raposo, mestre em Património e Museologia. Segundo esta, primeiramente terá de ser feita uma recolha, o mais detalhada possível, mas que irá permitir ter um suporte histórico e que caraterize este ritual, para depois fazer a respetiva candidatura.
In: Jornal Diário da Lagoa