50 anos a percorrer as estradas de São Miguel que já não têm segredos

Ildeberto Piques Garcia e José Fernandes, mestres dos Ranchos de Romeiros da Matriz e da Conceição, na Ribeira Grande, na ilha de São Miguel, respetivamente, completam este ano a sua quinquagésima romaria quaresmal.

José Fernandes terminou a romaria este sábado. Depois de liderar uma caminhada de sete dias à frente do segundo maior grupo da ilha com 111 romeiros; Ildeberto Piques Garcia sairá no quarto domingo da Quaresma com um rancho de 50 irmãos, mais de 90% jovens.

Ambos reformados, entendem a romaria como um momento de penitência, que exige sacrifício, mas que ajuda a “carregar baterias”.

Com formações religiosas e origens familiares diferentes, traduzindo o verdadeiro espírito do Movimento de Romeiros de São Miguel, marcado pela heterogeneidade onde o que importa é todos serem irmãos na fé, estes dois romeiros têm em comum a idade com que foram mestres.

Aos 17 anos, ambos lideraram um grupo assumindo as funções de mestre, o principal responsável pelo rancho e que se encarrega de toda a organização logística. Talvez por isso, reconheçam que a romaria “desse ponto de vista já não tem segredos”. Mas é só no que toca à caminhada propriamente dita, porque o resto é sempre uma novidade, pois “nunca há uma romaria igual à outra”.

“Eu trago sempre coisas novas que aprendo com os irmãos durante a nossa caminhada física de penitência”, reconhece Ildeberto Piques Garcia que diz que a preparação de uma romaria “é essencial” para que ela corra bem.

“Ninguém pode falhar a preparação pois para além da direção espiritual temos a técnica da romaria, os cânticos e os avisos e por isso cada momento é importante e não deve ser falhado”, diz o mestre da Matriz da Ribeira Grande, que já foi, em tempos, o “obreiro” da formação do primeiro rancho de romeiros do Pico da pedra, também nesta ouvidoria da costa norte de São Miguel.

Sem enjeitar a existência de problemas,  “sobretudo de natureza física” o responsável pelos Romeiros da Matriz da Ribeira Grande, que é também membro do Grupo Coordenador do Movimento de Romeiros de São Miguel, sublinha a necessidade dos romeiros serem uma “referência exemplar” nas suas paróquias.

“De manhã, depois de fazermos a oração lemos uma passagem da bíblia e eu dirijo uma palavra a todos. O que lhes peço é que vão meditando nela ao longo dia e retirem aquilo que de essencial for para as suas vidas” pois a vida espiritual “deve estar sempre muito atualizada” uma vez que “só assim poderemos viver em graça, fazer crescer a fé e transmiti-la aos outros” conclui Ildeberto Piques Garcia.

“ Estou sempre a dizer aos meus irmãos que a romaria verdadeira começa depois da caminhada física em que nos purificámos” acrescenta o Mestre da Conceição, José Fernandes, “ e por isso peço-lhes que nunca deixem o terço porque as nossas orações só farão sentido se conseguirmos contagiar os que estão à nossa volta”.

Embora completando este ano 50 romarias, não conseguiram ultrapassar, ainda, Humberto Sousa, “no ativo”, que conta mais de 60 romarias,   e pertence ao rancho da Covoada, que saiu na madrugada deste terceiro sábado da Quaresma.

Igreja Açores

Ildeberto Piques Garcia e José Fernandes, mestres dos Ranchos de Romeiros da Matriz e da Conceição, na Ribeira Grande, na ilha de São Miguel, respetivamente, completam este ano a sua quinquagésima romaria quaresmal.

José Fernandes terminou a romaria este sábado. Depois de liderar uma caminhada de sete dias à frente do segundo maior grupo da ilha com 111 romeiros; Ildeberto Piques Garcia sairá no quarto domingo da Quaresma com um rancho de 50 irmãos, mais de 90% jovens.

Ambos reformados, entendem a romaria como um momento de penitência, que exige sacrifício, mas que ajuda a “carregar baterias”.

Com formações religiosas e origens familiares diferentes, traduzindo o verdadeiro espírito do Movimento de Romeiros de São Miguel, marcado pela heterogeneidade onde o que importa é todos serem irmãos na fé, estes dois romeiros têm em comum a idade com que foram mestres.

Aos 17 anos, ambos lideraram um grupo assumindo as funções de mestre, o principal responsável pelo rancho e que se encarrega de toda a organização logística. Talvez por isso, reconheçam que a romaria “desse ponto de vista já não tem segredos”. Mas é só no que toca à caminhada propriamente dita, porque o resto é sempre uma novidade, pois “nunca há uma romaria igual à outra”.

“Eu trago sempre coisas novas que aprendo com os irmãos durante a nossa caminhada física de penitência”, reconhece Ildeberto Piques Garcia que diz que a preparação de uma romaria “é essencial” para que ela corra bem.

“Ninguém pode falhar a preparação pois para além da direção espiritual temos a técnica da romaria, os cânticos e os avisos e por isso cada momento é importante e não deve ser falhado”, diz o mestre da Matriz da Ribeira Grande, que já foi, em tempos, o “obreiro” da formação do primeiro rancho de romeiros do Pico da pedra, também nesta ouvidoria da costa norte de São Miguel.

Sem enjeitar a existência de problemas,  “sobretudo de natureza física” o responsável pelos Romeiros da Matriz da Ribeira Grande, que é também membro do Grupo Coordenador do Movimento de Romeiros de São Miguel, sublinha a necessidade dos romeiros serem uma “referência exemplar” nas suas paróquias.

“De manhã, depois de fazermos a oração lemos uma passagem da bíblia e eu dirijo uma palavra a todos. O que lhes peço é que vão meditando nela ao longo dia e retirem aquilo que de essencial for para as suas vidas” pois a vida espiritual “deve estar sempre muito atualizada” uma vez que “só assim poderemos viver em graça, fazer crescer a fé e transmiti-la aos outros” conclui Ildeberto Piques Garcia.

“ Estou sempre a dizer aos meus irmãos que a romaria verdadeira começa depois da caminhada física em que nos purificámos” acrescenta o Mestre da Conceição, José Fernandes, “ e por isso peço-lhes que nunca deixem o terço porque as nossas orações só farão sentido se conseguirmos contagiar os que estão à nossa volta”.

Embora completando este ano 50 romarias, não conseguiram ultrapassar, ainda, Humberto Sousa, “no ativo”, que conta mais de 60 romarias,   e pertence ao rancho da Covoada, que saiu na madrugada deste terceiro sábado da Quaresma.

Igreja Açores