João Carlos Leite foi reconduzido na presidência do grupo coordenador do Movimento de Romeiros de São Miguel

As romarias quaresmais de São Miguel podem sofrer alterações em 2021 para se poderem realizar em condições de segurança sanitária mas, para já e a seis meses de distância, o Movimento de Romeiros de São Miguel prefere esperar para ver.

No entanto e conforme afirma em declarações ao Açoriano Oriental o presidente do grupo coordenador do Movimento de Romeiros de São Miguel, João Carlos Leite, “uma coisa está garantida: nós não vamos fazer o que quer que seja sem um parecer da Autoridade de Saúde”.

O presidente do grupo coordenador do Movimento de Romeiros de São Miguel afirma que ainda é cedo para projetar cenários para a criação de um plano de contingência para a realização das romarias em 2021, sendo preciso ver como vai evoluir a pandemia nos Açores e no mundo até lá.

A questão mais sensível e que implicaria uma reorganização maior das romarias seria a das pernoitas, que teriam de ser feitas provavelmente num lugar único e espaçoso, em vez dos romeiros serem repartidos pelas casas das freguesias onde pernoitam, como é tradição.

No entanto e conforme refere João Carlos Leite, “só mais próximo poderemos fazer uma avaliação do que será possível ou não fazer e em que condições”.

De resto, João Carlos Leite lembra que a questão logística até não é a que mais preocupa neste momento o Movimento de Romeiros de São Miguel, uma vez que toda a estrutura para colocar os cerca de 55 ranchos de romeiros na estrada durante a Quaresma está montada de anos anteriores.

É apenas necessário ativá-la a partir de novembro, altura em que são planeadas as ações de formação para os romeiros e que culminam com o retiro realizado em janeiro, que prepara o arranque das romarias, que no próximo ano se realizarão entre 20 de fevereiro e 1 de abril.

João Carlos Leite foi também reconduzido no passado fim de semana para um segundo mandato de quatro anos à frente da associação criada em 2016 e a quem cabe organizar as romarias.

No entanto, já desde 2013 que João Carlos Leite está à frente do Movimento de Romeiros de São Miguel, que só em 2016 foi constituído como associação privada de fiéis, com personalidade jurídica canónica e, fruto do plano concordatário vigente, com direito civil.

A eleição decorreu em Vila Franca do Campo e contou com a representação de 28 ranchos de romeiros, que elegeram por unanimidade a única lista candidata, liderada por João Carlos Leite.

Para os próximos quatro anos – até 2024 – a prioridade do grupo coordenador do Movimento de Romeiros de São Miguel continua a ser o processo de candidatura das romarias quaresmais a Património Cultural.

Recorde-se que este ano, as tradicionais romarias de São Miguel tiveram de ser canceladas no dia 14 de março, depois da Autoridade de Saúde ter desaconselhado a sua continuação em resposta a uma questão colocada pelo grupo coordenador do Movimento de Romeiros de São Miguel e face ao cenário de pandemia de Covid-19, que então estava a chegar à Europa.

Os ranchos que ainda estavam na estrada tiveram de regressar às suas freguesias de origem nesse dia e nenhum dos 10 ranchos de romeiros que deveriam sair na terceira semana da Quaresma acabou por fazê-lo, acatando a decisão da Autoridade de Saúde.

Foi a primeira vez que tal aconteceu desde a pandemia da Gripe Espanhola, há 100 anos atrás.

Açoriano Oriental

Romeiros antecipam eleições para que a nova equipa possa preparar ano pastoral

João Carlos Leite é recandidato a um novo mandato da Associação Romeiros de São Miguel

A associação Romeiros de São Miguel vai a votos no próximo dia 2 de agosto, numa eleição antecipada para que a próxima equipa possa preparar já o ano Pastoral e João Carlos leite, atual presidente é recandidato.

“A nossa preocupação, que foi apoiada pelos ranchos, foi a de antecipar o ato eleitoral que estava previsto para dezembro de forma a que a nova equipa já pudesse preparar o ano pastoral com outra tranquilidade”, disse ao Igreja açores o atual presidente.

Os Ranchos de Romeiros estão assim convocados para uma Assembleia Geral eleitoral, a realizar no Açor Arena, Vila Franca do Campo, às 09.30h do dia 2 de agosto. Após a eleição os corpos sociais tomam de imediato posse.

A lista, até ao momento única, é abrangente e procura envolver todos os ranchos nos diferentes órgãos sociais da associação.

Além de João Carlos Leite, a direção será composta por dois vice-presidentes- Paulo Borges, do Rosário da Lagoa e Carlos Cabral, do Pico da pedra. Os secretários serão Paulo Amaral, da Fazenda do Nordeste, Luís Gonçalves da Lagoa e Bruno Figueira de Água D´Alto.

Para a presidência da Mesa da Assembleia Geral é proposto Humberto Bettencourt, de Santo António, Capelas e para o Conselho Fiscal Norberto Leite, da Pedreira do Nordeste.

A antecipação das eleições foi aceite no retiro de Janeiro,  que é um dos momentos altos da vida deste movimento com o retiro anual conjunto da associação com vista à preparação das Romarias Quaresmais.

Esta Associação foi criada a 7 de dezembro de 2016, altura em que passou a ter personalidade jurídica civil e canónica.

Igrejaaçores.pt

Documentário e Curta Metragem na RTP Açores

A RTP Açores transmite, nesta Páscoa, o documentário: Romeiros do Arcanjo – Heranças de Fé e a curta- Metragem: Uníssono, nos seguintes dias:

10 Abril  (sexta) 22:05 Romeiros do Arcanjo – Heranças de Fé

11 Abril (sábado) 21:05  Uníssono

12 Abril  (domingo) 19:26  Romeiros do Arcanjo – Heranças de Fé

          

ROMEIROS DO ARCANJO – HERANÇAS DE FÉ  

O Documentário da autoria de Fernando Resendes e Raul Resendes, faz um relato das romarias realizadas durante a quaresma na ilha de São Miguel e regista a variedade de costumes dos diversos ranchos, desde os trajes às forma de caminhar e de estar na romaria. Este trabalho foi encomendado pela Câmara Municipal de Lagoa para integrar a exposição duradoura no Núcleo Museológico da Casa do Romeiro, do Museu de Lagoa-Açores.
O documentário “Romeiros do Arcanjo – Heranças da Fé”, venceu o prémio Ayres d´Aguiar 2019

UNÍSSONO

Um ensaio cinematográfico, da autoria de Pepe Brix, sobre a importância do silêncio.
Uma narrativa sobre as coisas que brotam da pausa voluntária do tempo. Muito para além das paredes da Igreja, este é um retrato social do mundo rural açoriano, tornado a partir da maior manifestação de fé cristão nos Açores: as romarias quaresmais.