MEDITAÇÕES

Por forma a estarmos unidos em oração e a meditarmos/orarmos sobre um mesmo texto, o MRSM partilhará, a cada Domingo da Quaresma, com todos os irmãos Romeiros, uma meditação/reflexão. Estas meditações serão preparadas pelo nosso Guia Espiritual, Pe Davide Barcelos.

QUINTA MEDITAÇÃO QUARESMAL 2022

Seja bendita e louvada a sagrada Vida, Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo!

Entramos na última semana da Quaresma, um tempo que nos é oferecido para o aprofundamento do desígnio de Deus sobre cada um. Um tempo de renunciar, de converter e de crer. Um tempo para dedicar à disciplina da vida e do coração.

Trago-vos esta semana outra história adaptada de Chuang Tzu, The Inner Chapter, com o título de A árvore Inútil:

Um carpinteiro e o seu aprendiz caminhavam numa grande floresta. Quando passaram junto a uma enorme árvore imponente, nodosa, antiga e bela, o carpinteiro perguntou ao seu aprendiz:

– Sabes porque é que esta árvore é tão grande, tão nodosa, tão antiga e tão bela?

O aprendiz fitou o mestre e respondeu:

– Não… Porquê?

– Bem  – retorquiu o carpinteiro -, porque é inútil. Se fosse útil tinha sido cortada há anos e transformada em mesas e cadeiras, mas como é inútil, pôde crescer tanto e tornar-se tão bonita que podemos sentar-nos à sua sombra e descansar.

Na Quaresma somos chamados a ser discípulos, a seguir Jesus radicalmente. Mas, o discipulado requer disciplina. De facto, as palavras discipulado e disciplina derivam da mesma raiz linguística (de discere, que significa «aprender com») e, na prática, nunca devem andar separadas.

Disciplina sem discipulado conduz ao formalismo rígido, e discipulado sem disciplina acaba em romanticismo sentimental. Ser do mundo e estar nele, com as suas inúmeras solicitações, mas mantendo o coração e a mente solidamente ancorados em Deus, requer um imenso esforço humano.

As várias disciplinas da vida espiritual visam a liberdade e são meios fidedignos para a criação de limites úteis na nossa vida, dentro dos quais a voz de Deus pode ser ouvida, a sua presença sentida e a sua orientação experimentada.  Sem esses limites que tornam possível criar espaço para Deus, as nossas vidas tornam-se tacanhas; ouvimos e vemos cada vez menos, tornamo-nos espiritualmente doentes e unidimensionais, e podemos viver iludidos. O único remédio para isto é a prática intencional da oração.

A disciplina da oração é o esforço intencional, focalizado e regular para criar espaço com Deus. Na oração desmascaramos, lentamente, a ilusão das nossas dependências e da nossa possessividade, e descobrimos, no seio do nosso ser, que não somos o que podemos controlar ou conquistar, mas sim aquilo que nos é dado do alto para partilharmos com os outros. No recolhimento da oração tornamo-nos cientes de que a nossa identidade não depende daquilo que realizámos ou possuímos, a nossa produtividade não nos define e o nosso valor não se mede pela nossa utilidade.

Rezar é desperdiçar tempo com Deus!

Pe. Davide Barcelos

QUARTA MEDITAÇÃO QUARESMAL 2022

Seja bendita e louvada a sagrada Vida, Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo!

Andei a pensar sobre qual seria a nossa meditação esta semana. A liturgia ofereceu-nos a rica passagem de Lucas sobre o regresso do Filho pródigo ou do Pai misericordioso, que certamente já foi lida e meditada por todos nós, mas depois de participar na Assembleia do nosso Movimento de Romeiros, no passado domingo, lembrei-me de uma pequena história que em muito nos pode ajudar na nossa formação humana e espiritual.

A CHÁVENA VAZIA

Há uma história acerca de um professor universitário que foi visitar um mestre de Zen para lhe fazer perguntas acerca dessa tradição. Nan-in, o mestre Zen, serviu-lhe chá. Quando a chávena já estava cheia, ele não parou e continuou a deitar. O professor observou a chávena a transbordar, até não conseguir conter-se mais:

– Está cheia, já não pode levar mais! – exclamou.
Nan-in replicou:

– Tal como esta chávena, o senhor está cheio das suas opiniões e especulações. Como posso ensinar-lhe Zen se, primeiro, não esvaziar a sua chávena?
(101 Zen Stories, compilação de 1919 de Koans Zen da era Meiji (1868-1912) no Japão).


A formação humana e espiritual começa com a descoberta gradual e muitas vezes dolorosa da incompreensibilidade de Deus perante os grandes mistérios e limitações da vida. Podemos ser competentes em muitas áreas, mas não podemos tornar-nos peritos das coisas de Deus. Deus é maior do que a nossa mente e não pode ser apreendido dentro dos limites dos nossos conceitos finitos. Assim, a formação espiritual não conduz orgulhosamente a um conhecimento da divindade, mas à docta ignorantia, um «não conhecimento consciente».
Esta realidade é difícil de aceitar, numa cultura que propõe que sejamos treinados para dominar uma determinada área de conhecimento, que definamos todo o tipo de sabedoria e que controlemos o nosso destino. Médicos, advogados e psicólogos estudaram para se tornarem profissionais qualificados, pagos para saberem o que têm de fazer. Um teólogo ou um padre com uma boa formação apenas pode apontar para uma tendência universal de reduzir Deus às nossas conceções e expectativas limitadas, e apelar a que tenhamos a mente e o coração recetivos à revelação de Deus.
Então, à semelhança do professor da parábola, o que temos de fazer para procurar este Deus incompreensível? Quando estivermos dispostos a esvaziar a nossa chávena e a deixar de fazer da nossa experiência individual o critério para nos aproximarmos dos outros, talvez consigamos ver que a vida é maior do que a nossa vida pessoal, a História é maior do que a nossa história familiar, de romeiro, a experiência é maior do que a nossa experiência particular e Deus é maior do que o nosso deus.
Por fim, o Movimento de Romeiros de São Miguel tem de ser frequentado por homens que sejam chávenas vazias, dispostos a querer aprender em conjunto, movidos pelo mesmo ardor e fé, abertos à graça e à novidade de Deus e onde cada Romeiro fique vazio para o Espírito Santo entrar nele e o encher.
Homens cheios de si nunca ajudaram a humanidade a ser melhor, mas os que todos os dias querem aprender um pouco mais, ajudaram a que a humanidade vivesse em paz!
Precisamos de Romeiros que sejam “chávenas vazias…”!

Pe. Davide Barcelos

TERCEIRA MEDITAÇÃO QUARESMAL 2022

Seja bendita e louvada a sagrada Vida, Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo!

Foi notícia esta semana passada, entre os irmãos romeiros, o comentário pouco feliz do Presidente do Grupo Coordenador sobre o cumprimento de uma promessa de um irmão romeiro da Paróquia de Nossa Senhora da Graça, Porto Formoso. Tratou-se certamente de um comentário irrefletido, mas também carregado de alguma tristeza e preocupação, sobre a forma como alguns irmãos e ranchos estão atuando nesta Quaresma!

Na última Assembleia Geral, foi unânime que não haveria iniciativas exteriores, mas que os ranchos deviam apostar na sua formação espiritual e humana e ser criativos na vivência não só da semana da romaria e da Quaresma. Contudo, refiro novamente, foi unânime não haver nenhuma manifestação exterior!

As observações que se teceram sobre o comentário do Presidente do Grupo Coordenador, mostrou que no Movimento de Romeiros da Ilha de São Miguel existem muitos moralistas e mestres de opinião, que gostam de instigar o povo (romeiros) escondendo-se nos bastidores e por detrás de um ecrã do computador. Houve, quem dissesse que o Grupo Coordenador tinha um grupo criado no Facebook para falar entre si e criticar os ranchos, que é mentira e até quem chamasse à Associação de Romeiros de São Miguel de “pseudo” Associação. Pseudo vem do grego pseûdos, -eos, e significa mentira, falsidade.

Ao ler isto, pensei para mim: Serão os Mestres dos nossos ranchos “pseudo” Mestres? Serão os nossos ranchos de Romeiros “pseudo” Ranchos? Serão os nossos irmãos romeiros “pseudo” irmãos?

Ora, ao meditar no texto do Evangelho deste terceiro domingo da Quaresma, vi toda esta situação refletida no texto de Lucas 13, 1-9. Neste texto nós vemos que alguns vêm trazer a Jesus uma novidade sobre duas tragédias que eram notícia: Pilatos mandou matar alguns Galileus e uns homens tinham morrido debaixo da torre de Siloé. Vinham escandalizados e ao mesmo tempo furiosos, porque a decisão de Pilatos era polémica. Mas Jesus percebe a astúcia e a presunção, aproveitando estes sinais para chamar à atenção para a conversão «se não vos converterdes, morrereis todos do mesmo modo».

Isto porque quem veio dar a notícia, vinham convencidos de duas coisas: que o castigo era divino e a paga era o pecado alheio. Na verdade, está em causa a falsa imagem de Deus e uma falsa imagem de si próprios. Falsa imagem de Deus, porque o imaginavam vingativo, impaciente, impiedoso e implacável. Ao pecado do homem suceder-se-ia vingança e castigo de Deus. Falsa imagem de si próprios porque lá no fundo se tinham por mais justos e mais santos, só pelo facto de não terem sido eles os atingidos por tais tragédias.

Jesus corrige uma e outra imagem. E começa por abalar esta «presunção» de superioridade moral sobre os outros, lembrando que as vítimas não eram nem culpadas nem mais pecadores. Mas que todos e também eles estivessem «alerta», atentos a todos os sinais, que se «pusessem à tabela» porque se não se arrependessem morreriam de maneira semelhante. Quer dizer, ninguém diga que está bem, porque ninguém está livre nem seguro e muito menos isento de pecado. São Paulo, na segunda leitura, dizia contra esta presunção de que está tudo garantido, de que são os outros que estão em pecado e é aos outros que cabe arrepender-se, acaba por dizer: «quem se julga de pé tenha cuidado para não cair». Quer dizer, o homem nunca está convertido e quando se julgar feito e perfeito, está perto do podre e será fatal a sua queda.

Por isso, Jesus com a parábola da figueira, revela a verdadeira imagem de Deus. Um Deus clemente e compassivo, cheio de compaixão, que dá ao homem o tempo que este necessita para a sua conversão. A parábola demonstra a imensa paciência de Deus. E antes que seja tarde, devemo-la aproveitar. A longanimidade de Deus é o apelo permanente à conversão.

Esta parábola lança duas atitudes que todos deveremos refletir sobre a nossa postura, atitudes, palavras ditas e escritas, sobre o ressentimento que se vive, a falta de unidade e o contra testemunho cristão:

  1. Descobrir Deus como Deus. Alguém que caminha ao nosso lado e sabe esperar por nós. Que corre ao nosso encontro e nos abraça. E é uma certeza, quem não descobrir este Deus nunca perceberá a necessidade de mudar, de se volta para Ele.
  2. Assumir a nossa parte de responsabilidade nos males deste tempo. E estes males revelam que todos temos muita coisa a mudar: os critérios de julgar, as formas de ser, os modos de agir. E mudar em coisas concretas e simples, como sejam, ver bem, ouvir bem, pensar bem!

De facto, o comentário foi triste, mas o próprio e todo o Grupo Coordenador, assumiu o erro pediu desculpa e indo ao encontro do lesado. Assim testemunhou-se o que deve ser o agir cristão, e em especial o do Romeiro, ouve, pensa e age, ou como muito bem reflete a música do Padre Zezinho:

Amar como Jesus amou
Sonhar como Jesus sonhou
Pensar como Jesus pensou
Viver como Jesus viveu

Sentir o que Jesus sentia
Sorrir como Jesus sorria
E ao chegar ao fim do dia
Eu sei que eu dormiria muito mais feliz

Isto de pensar que a conversão é para os outros, que nós estamos «sãos e salvos», sem culpa nem pecado, julgando que a nossa forma de pensar é que está certa, tentando destruir o bom que está feito, mostrando maldade e falta de unidade, além de uma enorme falta de verdade é uma ousada presunção. «E presunção e água benta cada um toma a que quer». São Paulo diz de maneira mais elegante a mesma coisa: «quem julga estar de pé tenha cuidado para não cair»!

O Movimento de Romeiros da Ilha de São Miguel, não é um “pseudo” movimento, mas um Movimento de Homens Cristãos, que procuram na humildade e na verdade encontrar o rosto de Deus e que o devem demonstrar no dia a dia da vida e não apenas numas horas ou semanas de romaria.

Lutemos irmãos Romeiros, pelo que nos une e não pelo que nos divide!

Pe. Davide Barcelos

SEGUNDA MEDITAÇÃO QUARESMAL 2022

Seja Bendita e Louvada, Sagrada a Vida, Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo!

Jesus na sua relação com os outros propôs uma coisa nova. Esta novidade deu-se na comensalidade. É nas refeições que nós podemos conhecer Jesus, onde todos eram e são acolhidos. Aqui encontramos grandes momentos de acolhimento dos que estavam perdidos. O reino de Deus começa nas refeições de Jesus. Acolher as pessoas tornou-se a forma de Jesus se revelar.

Quando Jesus escolheu a Eucaristia como momento alto, tinha de o fazer no contexto da refeição, pois tinha sido nas refeições que ele tinha feito os maiores gestos de acolhimento e de amor.

1 Cor 11, 23-26 – Instituição da Eucaristia.

Que intensidade de amor é necessário para que as coisa se transformem em nós. Jesus na Eucaristia oferece-se a si mesmo, entrega-se. O que nos serve de alimento é o Corpo e Sague de Jesus. A Eucaristia é o ato de entrega, é a transformação dos dons, em dons de si mesmos, não é a coisa em si, é um grande dom!  A Eucaristia só é celebrada por nós quando começa em mim a transformação de mim mesmo, quando eu passo a ser dom.

O sentido está em transformar as coisas em dom de si mesmos. A Eucaristia é a dádiva de uma entrega radical. É a grande lição de amor. Nós vivemos diariamente numa transformação de amor. Celebrar a Eucaristia significa tornar-se discípulo do Senhor.

Não é sem razão que a Eucaristia antecipa a Páscoa, porque já a encontramos como momento alto da transformação. O mistério eucarístico tem de impregnar a vida dos fiéis. Daí que se pergunta: será a Eucaristia o momento alto da minha semana? Como vivo a Eucaristia? Que sentido lhe dou? É um princípio de uma Páscoa? É importante ter presente, ou somo ou não! Ou entendemos ou não! Pois esta é transformação da minha vida. Tenho de viver radicalmente em estado de entrega, em dom de mim mesmo.

É importante, configurar a minha vida ao modo de ser de Jesus. É necessário que a nossa presença seja no meio do mundo, uma presença eucarística. A Eucaristia significa a beleza que constrói o mundo. Construir os fragmentos dolorosos do mundo. É a primeira palavra, o primeiro gesto de um mundo novo. É o ponto de transformação, o ponto de apoio que é capaz de mudar o mundo, que é capaz de me mudar.

A Eucaristia devia-nos dar uma fome e uma sede muito grandes. Deveria ser uma grande desinstalação dos nossos comodismos, certezas, orgulhos e obrigar-nos a uma grande transformação interior e passar a ser uma consubstanciação. Tudo tem de ter presente os gestos de Deus em mim.

A Igreja é a Eucaristia de Jesus, nós somos o pão, o alimento para um mundo novo. E como temos hoje necessidade deste mundo novo. A celebração da Eucaristia obriga-nos a sermos uma semente escondida. É um quadrado branco dentro de outro quadrado branco. Temos de ser pessoas totalmente simples, como aquela oração: “Oh Deus, fazei que eu me converta em nada!”

O momento de entrega é radical, este momento é a Eucaristia. A Eucaristia tem de nos dominar, tem de nos tornar “doentes”.

Temos de acordar para a Eucaristia, de celebrá-la e de tirarmos as consequências para a nossa vida! Não faças da Eucaristia algo banal e sem importância, porque significa que a tua vida é sem importância e banal!

Na Eucaristia eu início a dádiva de mim mesmo!

P.e Davide Barcelos

PRIMEIRA MEDITAÇÃO QUARESMAL 2022

Na passada quarta-feira demos início ao tempo santo da Quaresma, tempo favorável e necessário para a nossa salvação e para a nossa conversão interior.

A proposta que fiz às minhas comunidades e que faço a todos os irmãos romeiros, é vivermos a Quaresma, como uma oportunidade para revermos toda a nossa vida. Um tempo meu, onde entro em diálogo comigo próprio, onde olho-me ao espelho, refletindo sobre o homem que sou e o homem que quero ser no futuro, onde o exemplo de Cristo deve estar sempre diante dos nossos olhos.

A Quaresma, não deve ser vivida levianamente, mas como como uma oportunidade de crescimento e interiorização, onde Jesus convida-nos a passar para a outra margem.

Sei e entendo que muitos irmãos gostariam de voltar às ruas, de fazer ressoar o cântico da Ave Maria pelas ruas das freguesias, mas julgo que o bom senso deve fazer-nos compreender, que qualquer atitude menos pensada, levada por um fervor pouco cristão, pode fazer com que as romarias percam a sua essência, beleza, espiritualidade, perca do sentido de irmandade e um contratestemunho do que é ser Romeiro.

O Evangelho deste domingo apresenta-nos as tentações de Jesus, símbolo das nossas tentações. Um bom texto que todos devemos ler e reler e que ajudar-nos-á a compreender que na nossa vida, por vezes por detrás de tantos gestos de boa vontade, esconde-se um autoritarismo exagerado, uma procura de adoração ou até mesmo o pensamento que temos muito poder.

As tentações, que também podemos chamar de crises, são oportunidades de renovação!

O texto das tentações leva-nos a fazer as seguintes questões: vivemos de quê, para além do pão?

Temos sede de quê? O que sacia a nossa fome e a nossa sede? Como nos tornamos humanos?

A vida chama-nos a ser mais! Não há nenhuma razão para deixarmos de ser humanos!

Aqui encontramos que a chave da nossa humanidade está na Eucaristia, tantas vezes desprezada por nós e em especial por nós Romeiros (tenho algum sentimento de dor quando leio tanto sobre a saída dos Romeiros e pouco sobre a participação dos mesmos na Eucaristia semanal ou dominical)!

Se o que possuímos é só materialidade, é muito pouco. Mas se colocarmos um pouco de espiritualidade então começamos a ver, sentir e a viver de uma forma diferente.

É preciso ter cuidado com o poder do diabo, que é o poder da glória vã, orgulho, fama, divisão…

O poder de Jesus – é a ressurreição que acontece no poder da cruz.

Um cristão tem de perguntar duas coisas:

  1. O que faço com o poder que tenho?
  2. O que o poder faz em mim?

O Papa Francisco lembra-nos que a maior crise não é a desta pandemia, mas Jesus que abala da nossa vida. Volto a referir, se o Romeiro não vive da Eucaristia, então o perigo de Cristo abalar da sua vida é grande… Será mais perigoso o romeiro não participar da Eucaristia, do que não haver Romarias durante o tempo da Quaresma!

A oração deve acompanhar e envolver tudo aquilo que faz parte da nossa vida, numa unidade de vida e de coração!

Seja bendita e louvada a Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo!

P.e Davide Barcelos