Dádiva de Sangue em Fevereiro

Caros irmãos,
Tal como consta no nosso plano de atividades, no dia 02 de fevereiro de 2020, iremos proceder a mais uma Dádiva de Sangue no serviço de hematologia do Hospital do Divino Espírito Santo (Ponta Delgada).
Pedimos que promovam junto do vosso Rancho e demais pessoas a adesão a este nobre contributo.
Dar sangue é dar vida.
Elaborem uma lista com os interessados e a hora pretendida e enviem até 28 de janeiro para o coordenador desta atividade, irmão Paulo Pacheco; pauloatp@hotmail.com.

Abraço fraterno

“Viver é ter sede de mais e só Deus pode saciar essa sede”, afirmou este domingo o padre José Júlio Rocha

Prefeito de Estudos do Seminário Episcopal de Angra orientou o retiro anual dos romeiros de São Miguel, no qual participaram cerca de duas centenas de homens

Toda a vida dos cristãos é regida por uma sede de infinito e de plenitude que só pode ser saciada por Deus, afirmou este domingo o padre José Júlio Rocha na meditação que propôs aos cerca de 200 romeiros que hoje participaram no retiro anual do Movimento, o primeiro grande momento de preparação e enriquecimento espiritual para as romarias quaresmais do ano.

A partir do paralelismo entre o encontro de Jacob com Raquel, relatado no livro do Génesis e de Jesus com a Samaritana, no evangelho de São João o padre José Júlio Rocha, Prefeito de Estudos no Seminário Episcopal de Angra, fez uma meditação, dividida em quatro partes, sobre a sede que temos de Deus, sintetizada no encontro entre estas duas pessoas sedentas.

“Viver é ter sede de mais: de felicidade, de plenitude;  tudo o que fazemos é por sede” afirmou ao sublinhar que “toda a nossa vida é regida por esta sede de infinito e de plenitude” pois “o homem tem, no fundo do coração, uma vontade que o leva a procurar Deus e só Ele nos pode saciar esta sede”.

No resumo que fez ao Igreja Açores, depois do retiro, e a propósito do episódio que narra o encontro junto ao poço de Jacob entre Jesus e a Samaritana, o sacerdote destacou o facto de “ser o próprio Jesus que pede de beber à Samaritana”.

“Jesus também tem sede de nós”, adverte o sacerdote e do diálogo entre os dois- jesus e a Samaritana- resulta claro que apesar das circunstâncias de cada um, tal como com a Samaritana, ninguém é excluído do seu amor.

Durante as reflexões propostas, o doutor em Teologia Moral leu e meditou sobre algumas passagens bíblicas, como o episódio de Zaqueu e as Bodas de Canã para sublinhar a ideia de “um Deus que revela que precisa de nós mas que, ao mesmo tempo, nos dá em abundância” .

O sacerdote deixou, ainda, alguns conselhos aos romeiros para manterem viva essa sede de Deus: “cultivar a bondade e o perdão; optar pelos mais pobres; reaprender a rezar e amar como Jesus amou”.

Durante a tarde, o padre José Júlio Rocha apresentou Pedro como o exemplo do homem que tem sede de Deus.

“Pedro foi um homem de grande fé mas de grande fraqueza também” referiu ao destacar a sua humanidade.

“Pedro é humano, revela uma grande fé mas também tem muitas fraquezas. A sua força, contudo, foi grande no sentido em que teve sempre a capacidade de entregar tudo a Jesus e foi essa capacidade que o fez levantar-se sempre, cada vez que caía”.

O retiro decorreu na Ribeira Grande e destinou-se aos responsáveis dos 53 ranchos que este ano voltarão a sair em romaria, a partir do dia 29 de fevereiro, primeiro sábado da Quaresma. Até quinta feira santa, os vários ranchos percorrerão as estradas de São Miguel a rezar do nascer ao por do sol. As romarias de São Miguel completam 500 anos em 2022.

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Romeiros de São Miguel refletem sobre a sede da água da vida a partir do episódio bíblico do Poço de Jacob

Encontro com a Samaritana, no Evangelho de São João, inspira tema do retiro anual dos Romeiros que se realiza este domingo, e que será orientado pelo padre José Júlio Rocha

Os Romeiros de São Miguel iniciam a sua caminhada para esta Quaresma com o retiro anual que se realizará no próximo domingo, dia 19 de janeiro, a partir das 8h30, na Escola Gaspar Frutuoso, na Ribeira Grande, na ilha de São Miguel.

Orientados pelo Prefeito de Estudos do Seminário Episcopal de Angra, padre José júlio Rocha, os participantes vão refletir sobre a sede de Jesus, manifestada à sua passagem pela Samaria, onde se encontra com uma mulher a quem pede de beber.

O tema “Poço de Jacob” irá ser refletido em três momentos- dois da parte da manhã e um ao inicio da tarde- havendo ainda a possibilidade de diálogo durante o período a que chamam de plenário. O encontro terminará com a celebração da Eucaristia, às 16h00.

O Movimento Romeiros de São Miguel constituiu-se em Associação cívica há cerca de três anos e conta atualmente com a participação sistemática de 53 ranchos nas romarias que habitualmente atravessam as estradas da maior ilha dos Açores numa marcha a pé do nascer até ao por do sol, durante uma semana, no período da Quaresma. Os primeiros ranchos saem no primeiro sábado da Quaresma e os últimos ranchos recolhem na quinta feira santa.

As romarias quaresmais de São Miguel cumprem em 2022 quinhentos anos, altura em que a Associação Movimento Romeiros de São Miguel pretende candidatar estas manifestações penitenciais, que também se realizam na Terceira e na Graciosa, embora há menos tempo e com uma romaria mais curta, a Património Imaterial da Unesco.

As romarias quaresmais mobilizam anualmente entre 2000 e 2500 homens e constituem uma das mais importantes manifestações da religiosidade popular nos Açores.

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“Pesquisar, conhecer e proteger” é o desafio dos Romeiros para os próximos dois meses

Projecto de recolha de imagens e testemunhos com vista à elaboração de uma candidatura sustentada a Património da Humanidade começa agora

O Movimento de Romeiros de São Miguel inicia este mês a recolha de imagens e testemunhos com vista à construção de um acervo documental que possa, por um lado, preservar a memória deste movimento único e, por outro lado, fundamentar uma candidatura das Romarias Quaresmais a Património Imaterial da Humanidade, por altura dos 500 anos, que se assinalam em 2022.

“É com sentimentos de muita Alegria, Fé e Esperança que iniciamos a enorme e importante  Caminhada” refere o presidente da Associação num texto publicado esta sexta feira no jornal A Crença, onde mensalmente o Movimento assina uma página.

Esta Caminhada assume várias vertentes desde a recolha em vídeo e áudio até aos trabalhos de análise do conteúdo temático/informativo da documentação existente na Casa do Romeiro; separação e catalogação da documentação; higienização do acervo até ao acondicionamento definitivo, contando para o efeito com a colaboração de técnicos especializados.

Esta recolha de testemunhos, que será feita pelo romeiro Fernando Resendes visa  “salvar do esquecimento a ainda vasta tradição oral do Romeiro de São Miguel que naturalmente se vai transformando com o tempo” refere o texto já citado, assegurando que o registo seguirá sempre uma metodologia:  o que foi o quotidiano do romeiro durante a romaria bem como toda a envolvência que abraça esta prática naqueles dias da Quaresma: a família, as pernoitas, as refeições, cânticos, orações, etc.

No início do próximo ano, deverá ser ainda contratado um Técnico de Museologia e Património para pesquisar, recolher e, em parceria com a Direção Regional da Cultura, criar um dossier para enviar para o Registo de Património Cultural Imaterial Nacional todo o acervo das romarias, desde o século XVI até aos nossos dias.

“É um trabalho de enorme importância” cujo “objetivo é o de congregar, registar e guardar para memória futura este valor patrimonial, religioso e cultural dos Açores” afirma ainda o texto publicado na página dos Romeiros no jornal da paróquia de São Miguel, em Vila Franca do Campo.

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